segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tindersticks @ Cine Teatro de Estarreja









A chuva não serviu de pretexto para não ver mais um espectáculo de Tindesticks, em Portugal. Desta vez, a banda britânica que outrora abarrotou coliseus, optou por um formato mais acolhedor e, as salas de menor dimensão, constituíram as suas preferências.

O dia em que Stuart Staples e a sua banda pisaram o palco em Estarreja não passou despercebido à imprensa que se fez sentir em força.

Olho à minha volta e vejo gente de Ovar, de Aveiro e de Estarreja que, apesar da dimensão do espaço, não desgrudou do local. Este sinal de persistência por parte das pessoas presentes culminou na escuridão da sala dando-se, assim, início ao concerto.

Mountain é o pontapé de saída.

Apesar dos problemas técnicos protagonizados pela teimosia da guitarra de Staples, à terceira música, os Tindersticks tinham o público completamente rendido. A simplicidade das suas músicas é colossal. O vibrafone, quase inaudível, preenche todos os espaços vazios e aquele órgão à “THE DOORS” dá-lhe o tão necessário suporte.

A boa disposição está estampada no rosto destes homens e, do lugar onde me encontro, vislumbro um acompanhante da banda (talvez um técnico de som) a fazer gestos e a dizer algo ao baixista, ao que ele retribui com um sorriso e movimentos algo semelhantes a “MATRIX”.

Dos sete músicos em palco é difícil perceber qual o mais perfeito! Staples deixa a cena a cargo dos seis músicos para um pequeno instrumental. Passado este momento, o vocalista volta ao acto e o fim do concerto aproxima-se. Harmony é o último tema.

A certeza de um fim inacabado concebe-se porque o público aplaude com toda a força “obrigando-os” a regressar. Voltam com City Sickness e Rain Drops.

Despedem-se novamente. Mas o público, sedento da música que estes britânicos tão bem sabem fazer, não os deixa abandonar Estarreja e, assim, voltam para um segundo encore, terminando com Hey Don’t You Cry.

Depois de quase duas horas de concerto a sala começa, aos poucos, a esvaziar-se. As pessoas saem felizes e certas de que, este momento, se encontra espelhado no seu rosto.



Texto e Fotos: Daniel Mendonça



Sem comentários:

Enviar um comentário