sábado, 19 de junho de 2010

Diabo na Cruz @ CAO
















O cenário era simples mas bastante tradicional. Xailes a lembrar os tão típicos de Viana, estavam pendurados nos suportes de microfones e no sintetizador.

O público estava um pouco tímido, facto que não deixou estes “Diabos” intimidados.

À quarta música lá há um tempinho para dois dedos de conversa. “Paguei eu para ver estes rapazes que nem sei bem quem são” diz Jorge Cruz em tom de brincadeira.

Estes cinco rapazes são donos de um conjugar de vozes fantástico. O entrelace entre música popular portuguesa e um “soft-rock” é qualquer coisa deliciosa.

Uma Epiphone em sintonia com uma braguesa, um baixo em plena concordância com uma bateria tradicional e um sintetizador a completar e a sustentar toda a base melódica fazem destes senhores uma banda bastante peculiar e única no panorama nacional.

O ambiente vai aquecendo aos poucos, e o público ovarense vai-se apoderando da “Cruz”.

A energia destes senhores é já um dado mais do que adquirido e que tão bem caracteriza os “irmãos” da Flor Caveira.

A meio do espectáculo já o Diabo desceu da Cruz e ronda a sala. Jorge Cruz dirigiu-se mais uma vez ao público anunciando a próxima música e aproveitou para “picar” um pouco mais os presentes: “Vejo que ainda estão a apalpar terreno em relação a nós” e, finda estas palavras eis que tudo fica “Tão Lindo”, e é nesta música que ouvimos um solo de bateria como é de costume em concertos rock de bandas de 70’s e 80’s.

Após este solo o calor aumenta e obriga mesmo João Pinheiro a tirar a camisola. Bernardo Barata não quis ficar atrás e despiu o “Amor Fúria” (t-shirt que tinha vestida).

Houveram vários momentos marcantes durante todo o espectáculo e um deles pertenceu a Barata em que se dirige ao público desta forma: “Anda um homem a trabalhar durante um ano, enfiado a gravar numa garagem com gajos com este aspecto e a preparar todas estas músicas. Mas é bom, e um prazer chegar a este ponto e tocar em salas como esta”… O público aplaudiu…

Os presentes estão cada vez mais em concordância com os “Diabos” e em “Bico de um Prego” há braços no ar. À Medida que as músicas do “Virou!” vão sendo tocadas o público lá vai cantarolando.

Até as músicas mais conhecidas foram objecto de alterações. “Bom Tempo” terminou em versão reggae e foi dedicada a José Saramago, “O nosso respect a Saramago”.

Já perto do fim do concerto, Barata, Pinheiro e B Fachada pousam os instrumentos para ficar apenas João Gil com um som de fundo e Jorge Cruz. Eis que surge uma “Canção do Monte”. Cruz ensaia o público. Ao sinal dele, todos respondem “Dá-me a Tua Mão”. E quando termina esta canção… “Foi um momento bonito!!!”, diz Cruz.

Infelizmente o “Diabo” “Fecha a Loja” mas não sem antes apresentar os membros da banda.

“Um muito obrigado por terem vindo” pôs fim à primeira parte. O enconre chegou, e o fim também, com “Dona Ligeirinha” e o publico a cantar e quase em cima do palco.

Este foi sem dúvida um dos melhores concertos no Centro de Arte de Ovar.



Texto e Fotos: Daniel Mendonça

Agradecimentos: Centro de Arte de Ovar


terça-feira, 1 de junho de 2010

UHF @ Centro de Arte de Ovar





















Texto: Daniel Mendonça

Agradecimentos: Cento de Arte de Ovar